Este artigo visa problematizar como a não inclusão de políticas públicas que contemplem as relações de género, no Portugal da crise financeira atual, pode determinar a gravidade dos impactos não só da contração económica, mas também de toda uma dinâmica social para as mulheres – e para outros grupos ditos minoritários. Nesta senda, buscar-se-á também compreender como essa estrutura económica neoliberal, genderizada e patriarcal em sua essência, tem afetado, consideravelmente, as mulheres. Assim, a economia intervencionada em Portugal, ao definir os seus agentes decisivos no tecido económico, não coloca as mulheres como sujeitos no centro das decisões sociais e das prioridades económicas.
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Souza, J. (2015). O género da recessão: quando os modelos de gestão e as políticas económicas neoliberais definem as posições-de-sujeito das mulheres. Revista Lusófona de Estudos Culturais, 3(1). https://doi.org/10.21814/rlec.90
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