A hanseníase representa um preocupante problema de saúde pública no Brasil, com altas taxas endêmicas e grande impacto na vida do indivíduo e sua família. Um importante instrumento para alcançar o seu controle efetivo é o amplo conhecimento sobre a doença. No entanto, existem lacunas na formação dos profissionais de saúde quanto à sua abordagem no processo de ensino-aprendizagem, o que influencia na prática profissional. A integralidade no cuidado às pessoas com hanseníase precisa orientar o processo de formação dos profissionais de saúde. Objetiva-se apresentar reflexões sobre o ensino da hanseníase em cursos de Graduação em saúde, apontando limites e desafios para um cuidado integral. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura que pretende conhecer o estado da arte sobre o ensino da hanseníase na Graduação em saúde. O ensino sobre a hanseníase e sua integração nos currículos dos cursos da área da saúde ainda não contempla uma perspectiva integral para a abordagem do tema. Existe um distanciamento entre teoria e prática, um enfoque centrado nos aspectos clínicos e um grau elevado de desinformação sobre diagnóstico, tratamento, cura e aspectos sociais que envolvem o processo de adoecimento e tratamento. A hanseníase precisa ser abordada de forma integral nos cursos da área da saúde desde os primeiros semestres. Dessa forma, deve-se considerar um olhar ampliado para aspectos sociais e culturais que envolvem o processo de adoecimento e tratamento, tanto a nível individual quanto familiar. Palavras-chave: Hanseníase. Ensino superior. Educação em saúde.
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Palácio, M. A. V., Takenami, I., & Gonçalves, L. B. de B. (2020). O ENSINO SOBRE HANSENÍASE NA GRADUAÇÃO EM SAÚDE: LIMITES E DESAFIOS PARA UM CUIDADO INTEGRAL. Revista Baiana de Saúde Pública, 43(1), 260–270. https://doi.org/10.22278/2318-2660.2019.v43.n1.a2932
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