Este artigo pretende traçar uma correlação entre o documentário e a pornografia a partir do princípio da máxima visibilidade, comum a ambos os domínios. Tal diálogo, sua força, limites e implicações, será analisado a partir do filme BlowJob (Andy Warhol, 1963/64) um objeto de vanguarda que, não sendo nem um nem outro, interage com ambos os gêneros. Catalisado pelo que Linda Williams define como o frenesi do visível, o princípio da máxima visiblidade é o elemento central para garantir o estatuto de real e com ele parte da eficácia da experiência estética das tradições genéricas. BlowJob, a um só tempo, reitera e problematiza esse princípio ao produzir o que chamaremos de uma evidência invisível.
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Baltar, M. (2011). Evidência invisível – BlowJob, vanguarda, documentário e pornografia. Revista FAMECOS, 18(2). https://doi.org/10.15448/1980-3729.2011.2.9470
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