In this paper, I propose to describe some aspects of a recent movement around the socalled "medicines of the forest", mainly the nixi pae (ayahuasca) of the Huni Kui (Kaxinawá). The proposal includes the monitoring of continuous flows between the "forest" and the "city" of the nixi pae, the so-called pajés and the emerging groups around them, evidencing ontological conflicts and connections. A significant contribution of this work may lie in feeding reflections in the ayahuasca research field from a cosmopolitical proposition (Stengers, 2007), which will seek to take nixi pae as a technology of connectivity. Thus, it is hoped to unfold the semantics of terms like cure and medicine through the pragmatics of collectives (of shamans, substances, spirits) in action: what effects do these generate when they act in network, what moves, what strengthens, what is left behind. The nixi pae will then appear as a key element in the activation of ontologically heterogeneous collectives, opening possibilities for encounters with otherness in attempts of composing spaces of coexistence. © 2018, Programa de Pos-Graduacao em Antropologia Social - IFCH-UFRGS. Neste trabalho proponho descrever aspectos de um recente movimento em torno das chamadas "medicinas da floresta", principalmente o nixi pae (ayahuasca) dos Huni Kui (Kaxinawá). A proposta inclui o acompanhamento de trânsitos contínuos entre a "floresta" e a "cidade" do próprio nixi pae, dos chamados pajés e de grupos ayahuasqueiros emergentes, evidenciando conexões e conflitos ontológicos. Uma contribuição possível deste trabalho é alimentar reflexões no campo ayahuasqueiro a partir de uma proposição cosmopolítica (Stengers, 2007), que buscará tomar o nixi pae como uma tecnologia de conectividade. Assim, espera-se desdobrar a semântica de termos como cura e medicina por meio da pragmática dos coletivos (de pajés, substâncias, espíritos) em ação: que efeitos estes geram quando agem em rede, o que movimentam, o que fortalecem, o que é deixado para trás. O nixi pae aparecerá então como peça-chave na ativação de coletivos ontologicamente heterogêneos, abrindo possibilidades para encontros com a alteridade em tentativas de composição de espaços de coexistência. © 2018, Programa de Pos-Graduacao em Antropologia Social - IFCH-UFRGS.
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Meneses, G. P. (2018). Medicines of the forest: Cosmo-ontological conflicts and connections. Horizontes Antropologicos, 24(51), 229–258. Retrieved from https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-85055629858&doi=10.1590%2FS0104-71832018000200009&partnerID=40&md5=9c8ac7b02e632d5629c60d4df9f2d06c
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