Patrimônio ambiental urbano, cidade e memória: uma dimensão política da preservação cultural na década de 1980

  • TOURINHO A
  • RODRIGUES M
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RESUMO A partir da experiência de São Paulo, pretende-se abordar as relações entre cidade e memória, traduzidas no conceito de patrimônio ambiental urbano, e as políticas de preservação na década de 1980. Em um momento de ebulição das problemáticas sociais, acentuava-se a importância da reforma urbana e da gestão democrática da cidade, ao mesmo tempo em que o campo do patrimônio cultural se redefinia como memória. Na década de 1980, novas formas de abordagem do patrimônio cultural lançaram um outro olhar sobre as relações entre cidade, memória e sociedade. A base conceitual dessas experiências encontrava-se nas ideias desenvolvidas nos anos 1970, quando setores da sociedade passaram a se preocupar com os efeitos negativos dos processos da industrialização, metropolização e renovação urbana sobre a qualidade de vida na cidade. O conceito de patrimônio ambiental urbano encontrava-se no cerne daquelas ideias, gestado no campo do planejamento econômico e territorial, com a contribuição do campo da preservação do patrimônio, no contexto dos governos militares. Em São Paulo, o conceito de patrimônio ambiental urbano passa da política de planejamento, nos anos 1970, para a política estadual e municipal de preservação do patrimônio na década de 1980. Nos órgãos estadual e municipal de preservação em São Paulo, as preocupações que então se delineavam foram traduzidas em experiências inovadoras de aproximação com o campo do planejamento, de valorização das memórias sociais e de interação com a sociedade.ABSTRACT Out of São Paulo’s experience, this paper intends to address the relations between city and memory, translated into the concept of urban environmental heritage, and conservation policies in the 1980s. At a boiling time of social problems, the emphasis was put on the urban reform importance, and the democratic management of the city, while the field of cultural heritage redefined itself as memory. In the 1980s, new ways of approaching cultural heritage cast other look at the relationships between city, memory and society. The conceptual basis of these experiences was found in the ideas developed in the 1970s, during the authoritarian period, when sectors of society began to worry about the negative effects of the processes of industrialization, metropolization and urban renewal on the quality of life in the city. Landscape and environment entered into the vocabulary of urban public policies and cultural heritage. The concept of urban environmental heritage was at the heart of those ideas, developed in the field of economic and territorial planning, with the contribution of the heritage conservation field, within the context of military governments. In São Paulo, the concept of urban environmental heritage shifts from the planning policy in the 1970s to the state and municipal policy of heritage conservation in the 1980s. In state and municipal conservation bodies in São Paulo, these issues will translate into innovative experiences of approaching the field of planning, valuing social memories and interacting with society.

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TOURINHO, A. D. O., & RODRIGUES, M. (2020). Patrimônio ambiental urbano, cidade e memória: uma dimensão política da preservação cultural na década de 1980. Anais Do Museu Paulista: História e Cultura Material, 28. https://doi.org/10.1590/1982-02672020v28d2e28

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