Foi analisado o material palinológico de 15 amostras de turfa obtidas em três perfurações com “vibro-core” na região de Taquarussu, MS (22º30’S, 52º20’W). Quatro datações pelo método do 14 C obtiveram os seguintes resultados: 11.570 ± 80 anos AP (240 cm profundidade), 9.710 ± 80 anos AP (220 cm profundidade), 4.610 ± 70 anos AP (130 cm profundidade) e 4.010 ± 80 anos AP (29-35 cm profundidade). Os palinomorfos foram representados por grãos de pólen e esporos de plantas terrestres e aquáticas, zigosporos e colônias de algas. Em algumas amostras foi observado grande número de partículas de carvão. Foram determinadas seis palinozonas correspondentes a seis etapas de desenvolvimento paleoambiental. As etapas mais antigas (palinozonas I-IV) são caracterizadas por gramíneas, com predominância de um clima seco continental. As etapas mais recentes (palinozonas V-VI) são caracterizadas pelo aumento progressivo da umidade. A freqüência significante de partículas de carvão nas amostras está provavelmente correlacionada a incêndios. Os dados obtidos indicaram oscilações climáticas notáveis durante o Holoceno: clima seco e relativamente continental durante o Holoceno Inferior e Médio e mais úmido desde o Holoceno Tardio até o presente
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Parolin, M. (2006). Registros palinológicos e mudanças ambientais durante o Holoceno de Taquarussu (MS). Revista Brasileira de Paleontologia, 9(1), 137–148. https://doi.org/10.4072/rbp.2006.1.14
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