Os cuidados paliativos propõem uma transformação na forma de cuidar da pessoa em sua terminalidade e, principalmente, da sua família, pois esta experiencia vicissitudes em diversas dimensões de sua existência. Assim, o objetivo deste estudo foi compreender os familiares em seu existir-no-mundo cuidando na terminalidade da vida. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utilizou a estratégia metodológica do estudo de múltiplos casos. As descrições provenientes da linguagem dos familiares foram analisadas à luz da fenomenologia existencial heideggeriana. O estudo foi realizado nos meses de junho e julho de 2010, com a participação de dois familiares que cuidaram ou cuidam de pessoas queridas em seu processo de morte/morrer. Ao desvelarmos os significados expressos pelos sujeitos, apreendemos que a dimensão do sofrimento associado ao câncer e à condição terminal gera nos familiares angústias, medos e ansiedades, suscitando, assim, a necessidade de desenvolver uma assistência que seja compatível com a condição vivenciada pelos familiares, e vá ao encontro dos preceitos dos cuidados paliativos.
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Sales, C. A., & D’Artibale, E. F. (2011). O cuidar na terminalidade da vida: escutando os familiares. Ciência, Cuidado e Saúde, 10(4). https://doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v10i4.18309
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