As discussões acerca da epistemologia do conhecimento são bastante antigas e percorrem áreas das Ciências da Saúde até as Sociais Aplicadas. Nela temos uma figura importante: Michael Polanyi, propondo uma perspectiva harmoniosa para a criação do conhecimento, rompendo o ideal de objetividade absoluto herdado da Revolução Científica do século XVIII. A pesquisa qualiquanti utiliza como coleta de dados os documentos publicados nos anais do Congresso Nacional de Gestão do Conhecimento - KM BRASIL (2002-2018) que citam o conceito de Polanyi sobre conhecimento tácito com o objetivo de identificar como suas ideias estão referidas, os sentidos usados e seu desenvolvimento. Nessa direção, a partir do KM BRASIL evidenciamos autores, filiações, data de publicação, incluindo possibilidades de interpretar as ideias de Polanyi. Constatamos que a teoria é abordada conceitualmente no contexto brasileiro, correspondendo a pouco mais de 5% do total de trabalhos publicados nos 13 anos de evento. Embora a temática da gestão do conhecimento ocupe o centro das discussões do evento, somente tal percentual cita os estudos de Michael Polanyi. Com efeito, os autores selecionados afirmam ancorar-se nos preceitos de Polanyi para explicar a epistemologia do conhecimento e sua categorização. Posteriormente os autores inserem a noção de gestão e a distinção entre o tácito e o explicíto a partir de Nonaka e Takeuchi. Apreendemos que o introito para as discussões sobre gestão, criação, transferência ou armazenamento de conhecimento partiram sempre da epistemologia polanyiana embora nem sempre de forma fidedigna.
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Silva Junior, J. E. da, & Garcia, J. C. R. (2021). Repercussão da Teoria do Conhecimento Tácito de Michael Polanyi: anais da KM Brasil 2002-2018. Em Questão, 328–349. https://doi.org/10.19132/1808-5245273.328-349
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