É possível que o cinema de escrita pessoal, dedicado a uma história de vida menor, doméstica, familiar, evoque outra, maior, coletiva, de um tempo? O artigo nasce do interesse em compreender de que modo o cinema, em certa medida, autobiográfico pode fazer pensar a natureza alter do eu, ou seja, a incorporação do outro, do mundo, e da história na constituição de um si. A partir do tensionamento entre um desejo subjetivo de construção de si e os encontros que caracterizam o documentário, elegemos três filmes recentes cujos projetos se assemelham: Diário de uma busca (2011), Elena (2012) e Mataram meu irmão (2013). Nos três, os cineastas lidam com a morte de um parente próximo e realizam, cada um a seu modo, o trabalho de elaboração dessas mortes, de forma a fazer do processo de filmagem uma busca no presente por um acontecimento passado.
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Veiga, R. O. (2015). O menor e o maior no cinema pessoal: Diário de uma busca, Elena e Mataram meu irmão. E-Compós, 17(3). https://doi.org/10.30962/ec.v17i3.1059
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