O presente trabalho focaliza os fatores impulsionadores do surgimento da Bioética, destacando: a) a revolução científica e tecnológica, e b) a revolução social dos anos 1960. Descreve o desenvolvimento histórico da Bioética desde sua definição inicial como ciência da sobrevivência humana até seu estágio atual o da Bioética Global, e suas fronteiras com os vários campos do saber. A psicologia da saúde integra esse contexto multidisciplinar principalmente por sua reflexão sobre temas desafiadores da Bioética, entre os quais são aqui discutidos aqueles decorrentes da medicina intensiva (eutanásia e distanásia) e aqueles derivados da medicina substitutiva (transplantes). Questões básicas como definição de morte, consentimento livre e informado são analisadas como ainda polêmicas e controvertidas. Conclui-se com as indagações sobre as quimeras da ciência para triunfar sobre a doença e os problemas da ordem canibal que se espera diminuam na medida em que as terapêuticas etiológicas e fisiológicas progridam.
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Torres, W. da C. (2003). A Bioética e a psicologia da saúde: reflexões sobre questões de vida e morte. Psicologia: Reflexão e Crítica, 16(3). https://doi.org/10.1590/s0102-79722003000300006
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