Saúde cardiovascular e validação do escore autorreferido no Brasil: uma análise da Pesquisa Nacional de Saúde

  • Moreira A
  • Gomes C
  • Machado Í
  • et al.
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Resumo O objetivo deste artigo é estimar a prevalência de saúde cardiovascular e a validade do escore autorreferido na população brasileira. Estudo transversal, metodológico, com 8.943 indivíduos adultos e dados laboratoriais da Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Escores utilizados: comportamental (índice de massa corporal, tabagismo, dieta, atividade física, ideal se ≥ 3 fatores ideais), biológico (tabagismo, dislipidemia, hipertensão e diabetes, ideal se ≥ 3 fatores ideais) e saúde cardiovascular (todos os fatores, ideal se ≥ 4 fatores ideais). Estimaram-se prevalências dos escores e análises de sensibilidade e especificidade dos escores autorreferidos, considerando padrão -ouro os escores com variáveis aferidas. Apresentaram valores ideais para o escore de saúde cardiovascular 56,7% dos indivíduos aferidos. Para o escore biológico autorreferido, a sensibilidade foi de 92% e a especificidade 30%. Para o comportamental autorreferido, a sensibilidade e a especificidade foram, respectivamente, 90,6% e 97,2%. O escore de saúde cardiovascular autorreferido teve sensibilidade 92,4% e especificidade 48,5%. Pouco mais da metade da população apresentou escore de saúde cardiovascular ideal. O escore autorreferido apresentou boa sensibilidade e menores proporções de especificidade.Abstract This paper aims to estimate the prevalence of cardiovascular health and the validity of the Brazilian population’s self-reported score. This is a cross-sectional, methodological study with 8,943 individual adults and laboratory data from the 2013 National Health Survey. We employed behavioral (body mass index, tobacco use, diet, physical activity, ideal if ≥ 3 ideal factors), biological (tobacco use, dyslipidemia, hypertension, and diabetes, ideal if ≥ 3 ideal factors), and cardiovascular health scores (all factors, ideal if ≥ 4 ideal factors). Prevalence of sensitivity and specificity scores and analyses of the self-reported scores were estimated, considering the scores with measured variables as the gold standard. Approximately 56.7% of individuals had ideal values for the measured cardiovascular health score. Sensitivity was 92% and specificity 30% for the self-reported biological score. Sensitivity and specificity scores were, respectively, 90.6% and 97.2% for self-reported behavior. The self-reported cardiovascular health score had a sensitivity of 92.4% and specificity of 48.5%. A little over half of the population had an ideal cardiovascular health score. The self-reported score showed good sensitivity and lower proportions of specificity.

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Moreira, A. D., Gomes, C. S., Machado, Í. E., Malta, D. C., & Felisbino-Mendes, M. S. (2020). Saúde cardiovascular e validação do escore autorreferido no Brasil: uma análise da Pesquisa Nacional de Saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 25(11), 4259–4268. https://doi.org/10.1590/1413-812320202511.31442020

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