O lugar das fontes renováveis no relacionamento do Brasil com os "RICS" na área de energia: uma análise da agenda bilateral e das declarações de cúpula (1990-2018)

  • Montenegro R
  • Paiva I
  • Marques Feitosa L
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Abstract

Este artigo discute a realidade energética no âmbito dos BRICS, com especial atenção às energias renováveis. Sob tal perspectiva, o Brasil emerge com papel destacado na coalizão, sendo considerado um dos países mais descarbonizados do mundo, pioneiro em bioenergia e um dos líderes globais em geração eólica e hidrelétrica. Por outro lado, o carvão ocupa um espaço considerável na matriz energética da Áfri ca do Su l, China e Índia. Ademais, o bloco ainda conta com o maior produtor de petróleo cru do mundo: a Rússia. Levando em consideração as potencialidades e os desafios de cada país no tocante ao assunto, esta pesquisa se estrutura em torno de dois eixos principais: avaliar como as fontes renováveis permeiam os acordos bilaterais firmados pelo Brasil na área de energia com os “RICS”; e entender como o debate está caracterizado nas declarações conjuntas das cúpulas do bloco. A metodologia utilizada envolveu a construção de um banco de dados original, bem como a aplicação de técnicas de estatística descritiva e análise de conteúdo. Os resultados apontam que China e Rússia dominam, de longe, a pauta ene rg&eacut e;tica bilateral do Brasil com os RICS e que o governo Lula foi, desde a redemocratização, o mais ativo em termos de quantidades de atos internacionais referentes à energia firmados com esses parceiros. Os achados também indicam alguns pontos de intersecção entre as pautas bilaterais e as posições conjuntas adotadas nas declarações de cúpula, a despeito de não ter havido um aumento dos acordos sobre energia após o estabelecimento dos BRICS.

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Montenegro, R. H., Paiva, I., & Marques Feitosa, L. (2020). O lugar das fontes renováveis no relacionamento do Brasil com os “RICS” na área de energia: uma análise da agenda bilateral e das declarações de cúpula (1990-2018). Conjuntura Austral, 11(53), 139–160. https://doi.org/10.22456/2178-8839.97553

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