RESUMO Nos centros urbanos em processo de expansão, os sistemas de drenagem vão se tornando insuficientes à medida em que a ocupação, e portanto a impermeabilização das bacias aumenta. A conseqüência direta do aumento da impermeabilização é o acréscimo das vazões de pico e do volume escoado superficialmente, tornando necessárias obras de ampliação do sistema de drenagem. Muitas vezes essa ampliação torna-se imprati-cável dado os altos custos e limitações físicas. Os Planos Diretores de Drenagem Urbana vêm identificando os problemas e apontando para soluções integradas nas bacias urbanas, buscando resolvê-los o mais próximo possível da fonte. Uma das propostas dos planos, a exemplo de outros países, é não permitir o aumento da vazão natural na saída dos lotes, utilizando medidas de controle na fonte. A utilização deste tipo de medida tem alguns objetivos como amortecer o pico de enchente, através da melhoria das condições de infiltração e de armazenamento. No entanto, o impacto sobre a macrodrenagem, que a distribuição desses dispositivos de controle gera, e os custos envolvidos com sua implementação são questões pouco estudadas. Em geral, o tratamento dado a este tipo de alternativa tem sido a análise pontual, não considerando o planejamento à escala de bacia. Em alguns casos, a medida de controle sugerida pode ser aparentemente aceitável quando analisada isoladamente, mas técnica ou economicamente ineficiente quando a bacia é analisada de forma conjunta. Neste trabalho buscou-se quantificar os efeitos de caráter hidrológico e econômico na macrodrenagem, obtidos com a utilização do microrreservatório no lote, através de sua ação distribuída em uma bacia urbana, tentando representar os intervenientes físicos existentes em uma bacia real. Palavras-chave: macrodrenagem; microrreservatório; controle na fonte; custos. INTRODUÇÃO Nos centros urbanos em processo de expansão, os sistemas de drenagem vão se tornando insuficientes à medida que a ocupação e, portanto a impermeabilização das bacias aumenta. O resultado do aumento da impermeabilização é o acréscimo das vazões de pico e do volume escoado su-perficialmente, tornando necessárias obras de ampliação do sistema de drenagem. Muitas vezes essa ampliação torna-se impraticável dado os altos custos e limitações físicas. E, embora nem sempre seja possível, o planejamento e con-trole são mais baratos. Os Planos Diretores de Drenagem Urbana vêm identificando os problemas e apontando para soluções integradas nas bacias urbanas, buscando resolvê-los o mais próximo possível da fonte. Uma das propostas dos planos, a exemplo de outros países, é não permitir o aumento da vazão natural na saída dos lotes, utilizando medidas de controle na fonte. A utilização deste tipo de medida tem objetivos como amortecer o pico de enchente, através da melhoria das condições de infiltração e de armazenamento. Se a bacia fosse planejada, de forma que todos os lotes controlassem os aumentos de vazão provocados pela impermeabilização, com estruturas como microrreservató-rio (MR), trincheiras de infiltração, poços, etc., as redes de microdrenagem e macrodrenagem poderiam ser dimensio-nadas para menores vazões de pico. A conseqüência direta deste controle parcial dos volumes nas estruturas (já que os dispositivos não contro-lam os excessos de volume gerados pela impermeabilização das ruas e calçadas) é uma economia na implantação das redes de drenagem. Partindo desta consideração, e utili-zando os MRs como estruturas de controle na fonte, foram realizadas análises econômicas para implantação das redes de micro e macrodrenagem para diferentes combinações de tempo de retorno de projeto, considerando também a eficiência dos MRs na redução das vazões de pico. A obrigatoriedade da utilização de MRs nos lotes, no entanto, transfere ao proprietário um custo de implan-tação das estruturas. Portanto, uma análise econômica considerando este custo também foi realizada. Finalmente, foram analisados, para a bacia em conjunto, os custos envolvidos com obras de drenagem e
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VILLANUEVA, A., & Tassi, R. (2004). Análise do Impacto dos Microrreservatórios de Lote nos Custos de Uma Rede de Drenagem Urbana. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, 9(3), 89–98. https://doi.org/10.21168/rbrh.v9n3.p89-98
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