A multideterminação do comportamento humano via três fontes de controle – filogenética, ontogenética e cultural – integra os princípios da ciência comportamental iniciada por B. F. Skinner nos anos 1930, tendo posteriormente, o artigo seminal Selection by Consequences (Skinner, 1981/1987a). A unidade de análise, a contingência de três termos, envolve a descrição de relações entre eventos ambientais antecedentes e subsequentes e a alteração da probabilidade futura de uma resposta alvo. A replicação fortalece análises funcionais em condições experimentais, assim como interpretações de eventos ocorridos no ambiente natural (i.e., análise funcional descritiva). Esse movimento é identificado também no terceiro nível de seleção, o nível cultural. Uma das possibilidades analíticas é oferecida pela descrição de macrocomportamentos em macrocontingências à seleção de linhagens culturo-comportamentais e produções agregadas em metacontingências. Nestas, há recorrência de contingências comportamentais entrelaçadas e seus respectivos produtos agregados [CCEsàPAs], as quais podem envolver diferentes sistemas como a família, igreja e Estado. O objetivo deste trabalho é apresentar uma revisão mostrando a evolução de estudos de práticas culturais, com a criação de novas unidades de análise, a partir do modelo de seleção por consequências. Destaca-se que o desenvolvimento desta área conjuga observação, experimentação, com interpretações de variáveis presentes em análogos experimentais, e no ambiente natural.Palavras-chave: análise do comportamento, análise experimental do comportamento, contingência, metacontingência, macrocontingência.
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Vasconcelos, L. A., & Lemos, R. F. (2018). DO SISTEMA TEÓRICO DE B. F. SKINNER À METACONTINGÊNCIA: OBSERVAÇÃO, EXPERIMENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO. Revista Brasileira de Análise Do Comportamento, 14(1). https://doi.org/10.18542/rebac.v14i1.7161
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