Resumo: Este artigo analisa a trajetória do fundamentalismo religioso e as transformações que ocorreram em sua participação no espaço público norte-americano. Inicialmente, desenvolve-se uma breve discussão sobre o surgimento do fundamentalismo e como, especialmente a partir de meados da década de 1920, essa tendência se tornou minoritária em um país majoritariamente protestante. Em seguida, discutiremos o contexto dos anos 1960 e como o discurso fundamentalista se apresentava marcado por um profundo pessimismo em relação à condição sociopolítica e moral do país. Por fim, analisamos o processo de crescente engajamento político de lideranças fundamentalistas ao longo da década de 1970, processo durante o qual a autoconsciência de “minoria perseguida” perdeu espaço para a crença de que seriam representantes dos anseios da maioria dos norte-americanos.Abstract: This article analyzes the religious fundamentalism’s trajectory and the transformations that occurred in its participation in the American public space. Initially, a brief discussion about the emergence of fundamentalism, its development, and how, especially since the mid-1920s, this movement saw itself as a minority religious group in a predominantly mainstream Protestant country. Then, we discuss the context of the 1960s and how fundamentalist discourse was marked by deep pessimism about the country’s socio-political and moral condition. Finally, we analyze the process of fundamentalist leadership’s growing political engagement throughout the 1970s, a process during which the self-consciousness of “persecuted minority” lost ground to the belief that this movement represented the aspirations of the majority of the American people.
CITATION STYLE
Rocha, D. (2020). Da “minoria silenciosa” à Maioria Moral: transformações nas relações entre religião e política no fundamentalismo norte-americano na década de 1970. Religião & Sociedade, 40(1), 91–114. https://doi.org/10.1590/0100-85872020v40n1cap04
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.