Este artigo faz uma discussão acerca da medicalização escolar presente no mundo contemporâneo e sua relação com o movimento higienista implantado como política pública no início do século XX, como também, a participação dos laboratórios farmacêuticos no crescente aumento do uso de psicotrópicos na infância. A união composta entre a saúde e a educação produz um olhar biologizante que estigmatiza e individualiza àqueles que apresentam dificuldades no âmbito escolar. Respaldados por uma visão hegemônica, tal prática sustenta uma maquinaria proveniente de uma tecnologia política que domina e abre brechas para a governamentalidade. Assim, este trabalho destina-se a discutir o processo de patologização e medicalização da infância e suas implicações no campo das políticas públicas à luz da teoria Genealógica de Michel Foucault, que por meio da Biopolítica faz uma crítica alusiva à escola por essa tendência em desrespeitar as subjetividades com condutas policialescas “em defesa” de uma sociedade que desconsidera as relações interpessoais e se posiciona como um aparato regulamentador.
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COLOMBANI, F., & MARTINS, R. A. (2017). O movimento higienista como política pública: aspectos históricos e atuais da medicalização escolar no Brasil. Revista on Line de Política e Gestão Educacional, 21(1), 278–295. https://doi.org/10.22633/rpge.v21.n1.2017.9788
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