Trabalho e saúde: a perspectiva dos agentes de combate a endemias do município de Belo Horizonte, MG

  • Matos G
  • Silva J
  • Silveira A
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Abstract

Resumo Introdução: a incidência de zoonoses é alta no Brasil. O agente de combate a endemias (ACE) é um dos principais atores no enfrentamento destas doenças. Objetivo: Identificar e compreender a percepção do ACE sobre o seu trabalho, com enfoque na relação entre trabalho e saúde. Métodos: estudo transversal, qualitativo, sob o aporte teórico das clínicas do trabalho. Utilizou-se pesquisa bibliográfica e documental, grupo focal e análise de conteúdo. O trabalho foi realizado em Belo Horizonte (MG), no período de março de 2016 a abril de 2017. Resultados: o serviço de zoonoses é percebido pelos profissionais como não integrado à área da saúde, e essa seria uma das causas da precariedade das condições de trabalho, do sentimento de invisibilidade e da marginalização simbólica e concreta vivenciada. Os trabalhadores reconhecem os riscos à saúde a que estão expostos, com destaque para a violência, falta de equipamentos de segurança adequados e riscos psicossociais. Conclusão: a pesquisa revela a invisibilidade e o sofrimento vivenciado pelos ACE e a necessidade de mudanças na organização do trabalho visando à proteção da saúde desses trabalhadores.Abstract Introduction: there is a high incidence of zoonoses in Brazil. Endemic diseases control agents (ECA) are one of the main actors in the fight against these diseases. Objective: to identify and understand the ECA’s perception of their work, focusing on work-health relations. Methods: qualitative cross-sectional study based on the Clinic of Activity theory. We used bibliographical and documentary research as well as focal groups and content analysis. This study was conducted in Belo Horizonte (Minas Gerais) from March 2016 to April 2017. Results: ECA do not perceive the activities of zoonoses’ control as integrated with the health service, and consider this as one of the causes of the precariousness in their work conditions, of their feeling of being invisible, and of the symbolic and concrete marginalization they experience. The workers recognize the health hazards they are exposed to, especially regarding violence, lack of suitable protection equipment and psychosocial risks. Conclusion: ECA experienced suffering and invisibility. Changes in work organization are required to protect workers’ health.

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Matos, G. da C. R., Silva, J. M. da, & Silveira, A. M. (2020). Trabalho e saúde: a perspectiva dos agentes de combate a endemias do município de Belo Horizonte, MG. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 45. https://doi.org/10.1590/2317-6369000031117

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