A produção intensiva de suínos na região Sul do Brasil é desenvolvida principalmente em propriedades familiares em sistema de integração basicamente. A concentração de dejetos representa uma biomassa residual de elevada carga orgânica, com potencial risco de contaminação ambiental e se não forem geridos de forma adequada, podem acarretar em contaminação dos recursos hídricos, do solo e do ar. O tratamento dos dejetos de suínos pela digestão anaeróbia possui potencial no suprimento energético e de saneamento ambiental no meio rural, produzindo biogás, biofertilizante e reduzindo a matéria orgânica poluente. Nesse contexto, objetivo foi estimar o plantel de suínos da agricultura familiar da região Sul do Brasil, com cálculos da quantidade de dejetos e de produção de biogás, além da redução de emissões de metano para o plantel considerado. Para isso foram utilizados dados de plantel do IBGE, e os cálculos realizados pela metodologia estabelecida pelo Intergovernmental Panel On Climate Change (IPCC) constante nas orientações do UNFCCC (United Nations Framework Convention on Climate Change). A partir deste estudo constatou-se a importância da agricultura familiar na cadeia de produção de suínos, pois detêm 67% do plantel na região Sul do Brasil, com elevado potencial de produção de biogás e de redução de emissão de metano pela adoção do tratamento dos dejetos de suínos através da digestão anaeróbia, com possibilidade de transformar um passivo ambiental em ativo energético e econômico na propriedade rural.
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Backes Bühring, G. M., & Pires Silveira, V. C. (2016). O BIOGÁS E A PRODUÇÃO DE SUÍNOS DO SUL DO BRASIL. Revista Brasileira de Energias Renováveis, 5(2). https://doi.org/10.5380/rber.v5i2.43546
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