RESUMO Poderíamos pensar em outra política que não fosse meramente a gestão das fobias? Como a dimensão de uma certa fobia perpassa os processos de reconhecimento nas lutas políticas de esquerda atualmente? Como essa fobia se embrinca com o estatuto desigual da condição de humano, que determina afetos, existências e violências? De que modo enquadramentos, interpretações e enunciações sobre a vida determinam e são determinados pelas relações de contradição, subordinação e desigualdade em que os discursos se constituem, se formulam e circulam? Elaboramos essas questões a partir da inquietação diante de um conjunto de imagens e de um cruzamento de leituras que nos permite questionar não a polêmica em torno de posições cerradas que envolvem a sua interpretação, mas a partir de um quadro maior, que vai de encontro ao estatuto da vida, a política dos afetos e a existência de um estado-síndico que sustentam os discursos e legitimam posições.ABSTRACT Through a cross reading that we put into relation, this paper tries to understand the processes of the constitution of senses and the production of subjectivities, having as an object a series of images, utterances and enunciations. We take the question of vagrancy as a place to think about how a kind of violence returns as it moves through the centuries in both its practices of repression and transgression. The objects to which we direct our eyes are thought of as events, in the sense that they are a kind of meeting point between a very familiar memory, that of slavery, of feminicide and of the crime of vagrancy in Brazil, with a and perversely daily reality, the contemporary (and not so contemporary) forms of life management, border demarcation and asymmetric distribution of violence by the state.
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Baldini, L. J. S., & Chaves, T. V. (2018). DO VISÍVEL AO NOMEADO: ENQUADRAMENTOS DO HUMANO. Trabalhos Em Linguística Aplicada, 57(2), 799–820. https://doi.org/10.1590/010318138652031371011
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