A formação do pedagogo tem se mostrado como um constante desafio. A cada modificação que o curso sofreu surgiram novos questionamentos apontando para a necessidade de avaliar a formação oferecida. No Mestrado buscou-se averiguar como se constituiu a formação inicial dos pedagogos que atuam nas instituições de ensino público da SRE-OP e um achado que chamou a atenção foi o ínfimo estímulo que foi dado à pesquisa. Tomando por base esse resultado, este texto se propõe a discutir o lugar que a pesquisa vem ocupando na formação inicial de pedagogos e qual a relevância dessa na formação e para a atuação dos educadores. Os resultados indicaram que o estímulo e a participação em projetos de pesquisa não eram considerados, pois o incentivo à iniciação científica se deu somente para 40% dos entrevistados. A maior parte dos pedagogos, 46,7%, disse não ter tido contato com a pesquisa durante o curso e 13,3% relataram que pesquisavam para fazer os trabalhos propostos. As discussões apontam para a necessidade de formar um professor reflexivo e pesquisador. Tomar a pesquisa enquanto elemento formador para a docência implica considera-la como instrumento facilitador da estruturação de uma análise sistemática da ação do professor em sala de aula, ou do pedagogo no espaço escolar, em relação a uma situação problemática. A formação em pesquisa auxilia na organização do saber e do saber fazer docente; a tomar consciência do referencial teórico que fundamenta as decisões pedagógicas no contexto da sala e a identificar as situações que necessitam de intervenção.
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Lucindo, N. I., & Araújo, R. M. B. de. (2017). O PAPEL DA PESQUISA NA FORMAÇÃO INICIAL DOS PEDAGOGOS: Práxis Educacional, 14(28), 151. https://doi.org/10.22481/praxis.v14i28.3465
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