O envelhecimento, num país como o Brasil, mostra grande complexidade, sendo considerado um problema de ordem social. A procura por instituições de longa permanência para idosos (ILPI), diante da perspectiva demográfica e social, está aumentando e representando uma nova alternativa de moradia para o idoso. Este estudo de abordagem qualitativa teve como objetivo compreender o discurso da institucionalização do idoso e a existência de práticas que favorecem o vínculo com o lugar e a rotina de cuidados neste ambiente, propondo efetuar a análise de discursos sobre o idoso e a noção de representação. Trata-se de uma revisão bibliográfca baseada em publicações nacionais selecionadas em periódicos, livros e dissertações indexados na internet, acessados nas bases de dados: Lilacs, Google Acadêmico e Scielo, num recorte temporal de onze anos (1999 a 2010), através das palavras-chave combinadas: idoso, institucionalização, ILPI e discurso sobre o idoso. Conforme os critérios de inclusão, sete publicações foram analisadas através da Análise de Conteúdo (Bardin, 1979) e discutidas em duas categorias: o discurso sobre a opção pela institucionalização e a existência de práticas de discursos sobre o idoso que evidenciam o vínculo institucional. Os dados apontam que os discursos sobre os idosos institucionalizados indicam necessidades de um vínculo com a instituição, porém este ambiente institucional, estruturado por relações de poder pode favorecer a perda de autonomia e identidade e o isolamento. Torna-se necessário, portanto, um esforço político orientado no sentido de colocar na agenda da sociedade as necessidades deste segmento populacional.
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Duarte, L. M. N. (2014). O PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DO IDOSO E AS TERRITORIALIDADES: ESPAÇO COMO LUGAR? Estudos Interdisciplinares Sobre o Envelhecimento, 19(1). https://doi.org/10.22456/2316-2171.33754
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