O artigo tem por objetivo mapear as relações que o rap produzido na cidade de São Paulo estabeleceu, desde a década de 1990, com o samba. Em perspectiva interdisciplinar, o mapa apresenta e discute sete pontos: 1) a importância do samba para a formação musical de MCs e DJs; 2) a presença do samba e do rap em bailes black e, posteriormente, em gravadoras que se originaram de equipes que organizavam estes bailes; 3) a função política e social da música nos momentos de lazer de bairros periféricos; 4) canções que buscaram fundir rap e samba em suas formas; 5) canções e discos que buscaram justapor rap e samba, o que tornou mais evidentes as diferenças; 6) conflitos entre o rap e o samba atravessados por questões de etnia, de ideologia, de mercado ou de gênero; 7) a noção de que o pagode e o rap construíram juntos uma identidade masculina negra periférica.
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Garcia, W. (2018). Um mapa das relações entre o rap das periferias de São Paulo e o samba. Revista Do Instituto de Estudos Brasileiros, (70), 208–229. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901x.v0i70p208-229
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