Os estudos que geralmente analisam a década de 1970 parecem legitimar a utilização do termo vazio cultural para o período, no entanto, nele, se justapõem e se tencionam tentativas importantes de preenchimento que ao serem negadas induzem a uma interpretação lacunar e unívoca, apoiada exclusivamente na perspectiva delineada na década anterior, que desconsidera de imediato um virtual caráter paradigmático do período e corre o risco de cobrir sob o mesmo manto produções importantes para sua compreensão. Ao considerarmos a coexistência entre este vazio cultural e importantes manifestações artísticas experimentais, pode-se delimitar a transição entre um paradigma político-cultural em direção a outro, emoldurado por uma perspectiva mais individualista. Uma transição que quando transposta à produção artística marcou a retomada de problemas mais específicos e de valores intrínsecos de cada disciplina.
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Cunha, M. C. (2009). Sociedade e cultura nos anos 1970: esvaziamento cultural e experimentalismo. DObra[s] – Revista Da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas Em Moda, 3(5), 81–91. https://doi.org/10.26563/dobras.v3i5.313
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