Em nome da certificação da ‘qualidade’ e da ‘excelência’, a Universidade parece hoje condenada a celebrar apenas procedimentos, que no ensino e na investigação certificam rotinas e conformidades, eficiências e utilidades, confirmando a hegemonia da razão instrumental. É meu propósito, neste ensaio, todavia, refletir sobre a liberdade académica na universidade. Esta questão impõe que façamos recair a nossa interrogação sobre a natureza da própria universidade, sobre a profissão académica, e também sobre a sua vocação e missão. O que é, hoje, a universidade? Que forças a atravessam? Que abalos tem sofrido? A que ameaças está sujeita? Que contradições são as suas? Com que exigências se confronta? Que respostas têm que ser as suas?
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Martins, M. de L. (2015). A liberdade académica e os seus inimigos. Comunicação e Sociedade, 27, 405–420. https://doi.org/10.17231/comsoc.27(2015).2109
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