Resumo A promoção do atendimento às mulheres vítimas de violência implica uma ação não limitada ao combate, mas também à dimensão da assistência dada às vítimas. Este estudo visa conhecer as características sociodemográficas e de saúde das mulheres vítimas de violência que estão/estiveram sob a tutela protetora do Estado, antes e após a Lei Maria da Penha (LMP), bem como a assistência à saúde ofertada. Estudo seccional, exploratório-descritivo, documental, quali-quatitativo realizado em uma unidade de proteção especial de mulheres vítimas de violência do Estado do Ceará no segundo semestre de 2013. Amostra composta por 197 prontuários das mulheres atendidas entre 2001 e 2012. Poucas mudanças ocorreram no perfil de saúde de mulheres vítimas de violência doméstica atendidas pelo Estado, após a promulgação da LMP. Mudanças relevantes ocorreram no padrão de assistência oferecido, tais como maior investigação, promoção e registro de atividades relacionadas à saúde. Ainda é escassa a identificação de sequelas da agressão propriamente dita. Sugere-se inclusão de profissionais da saúde na equipe do abrigo para suprir essa demanda.Abstract The promotion of care for female victims of violence implies action that is not limited to combatting the problem, but also to the dimension of care provided to the victims. This study seeks to understand the sociodemographic and health characteristics of female victims of violence who are/have been under the protective custody of the state, before and after the Maria da Penha Law (MPL), and the healthcare offered to them. It is a cross-sectional, exploratory-descriptive documentary study, with a qualitative/quantitative approach, conducted in the second semester of 2013 in a special unit for the protection of female victims of violence in the State of Ceará. The sample was composed of 197 medical records of women attended between 2001 and 2012. Few changes occurred in the health profile of female victims of domestic violence sheltered by the State after the enactment of the MPL. Significant changes occurred in the pattern of care provided, such as increased investigation, promotion, and registration of health-related activities. The identification of the aftereffects of aggression per se is still scarce. A suggested addition would be the inclusion of a health professional in the staff at the shelters to meet this demand.
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Ferreira, R. M., Vasconcelos, T. B. de, Moreira Filho, R. E., & Macena, R. H. M. (2016). Características de saúde de mulheres em situação de violência doméstica abrigadas em uma unidade de proteção estadual. Ciência & Saúde Coletiva, 21(12), 3937–3946. https://doi.org/10.1590/1413-812320152112.09092015
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