Síndrome miofascial: comparação entre o tratamento com infiltração de trigger points e medicação oral (ciclobenzaprina)

  • Furtado R
  • Carazzato S
  • Farias C
  • et al.
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Abstract

Objetivo: Comparar os efeitos da infiltração de trigger points com xilocaína a 1% com o uso da ciclobenzaprina no tratamento a curto prazo da síndrome miofascial (SMF) de trapézio. Material e métodos: Estudo prospectivo controlado randomizado com avaliador “cego” em 38 pacientes com SMF de trapézio. Intervenção realizada no grupo teste (IF) (n = 18): infiltração com xilocaína a 1% em, no máximo, 06 trigger points de trapézio; no grupo-controle (CB) (n = 20) foi fornecido 10 mg/dia de ciclobenzaprina por 15 dias. Os pacientes foram avaliados no tempo zero (T0), em sete (T7), quinze (T15) e trinta dias (T30). Instrumentos de avaliação: escala visual analógica de dor global (EVA de dor global), escala visual analógica de dor à compressão digital de trigger points (EVA de dor à compressão), questionário resumido para dor de McGill. Foi realizada a avaliação da reprodutibilidade interobservador (RI) para EVA de dor à compressão digital. Resultados: Os pacientes apresentaram na avaliação inicial a média de trigger points de 2,0 (+ 0,5), taut band de 3,05 (+ 0,8) e tender spots de 4,64 (+ 1,15). A RI para EVA à compressão mostrou-se boa (pearson > 0,8). Observou-se tendência (p > 0,05) a maior variação do escore de dor (McGill) no grupo-teste, maior variação do tipo de dor e maior incidência de efeitos colaterais no grupo-controle. Ambos os grupos melhoraram ao término do acompanhamento (p < 0,05). A média das variações da EVA de dor global no T7 (-24,2% (+62,8 CB X -40% + 50,9 IF p = 0,19), T15 (-37,6% + 48,4 CB X -50% + 44,8 IF p = 0,3) e T30 (-50% + 60 CB X -70,8% +44,7 IF p = 0,14) foi maior no grupo-teste porém sem significância estatística. Esta tendência também se observou na média das variações da EVA de dor à compressão digital no T7 (-26,8% + 35,34 CB X - 46,5% ( 44,4 IF p = 0,24), no T15 (-38,8% + 38,2 CB X -56,2% + 34,3 IF p = 0,44) e no T30 (-46,6% + 38 CB X -53% + 34,4 IF – p = 0,38), porém mais uma vez sem significância estatística. Conclusão: A semelhança do efeito da ciclobenzaprina com o da infiltração de trigger points permite a indicação da primeira no tratamento de pacientes com SMF de trapézio e questiona a indicação invariável da infiltração de trigger points.

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Furtado, R. N. V., Carazzato, S., Farias, C. A., Chamlian, T. R., & Masiero, D. (2002). Síndrome miofascial: comparação entre o tratamento com infiltração de trigger points e medicação oral (ciclobenzaprina). Acta Fisiátrica, 9(3), 117–126. https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v9i3a102371

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