A Síndrome de Stevens-Johnson é uma reação idiossincrática grave e rara que atinge em torno de 1,2 a 6 pessoas por milhão de pessoas por ano. É causada na maioria das vezes, 50% a 80%, por uma reação de hiperssensibilidade tardia à fármacos, porém, outras etiologias, como infecções bacterianas e virais também podem desencadear a síndrome. É caracterizada por lesões mucocutâneas com padrão eritematoso ou purpúrico, que confluem em tronco e face que aparecem após 4 a 28 dias do início do uso da medicação. A maior complicação da Síndrome de Stevens-Johnson é a sepse, e a mortalidade geralmente não ultrapassa 5%. O tratamento inicial é feito com a retirada das medicações, que possivelmente estão causando a síndrome, e por medidas de suporte. Neste trabalho foi relatado o caso de uma paciente do sexo feminino de 56 que apresentou lesões de pele, compatíveis com a Síndrome de Stevens-Johnson, após fazer o uso de fenitoína concomitante com sulfametoxazol-trimetroprima, para profilaxia de crises convulsivas após realização de neurocirurgia para drenagem de hematoma intraparenquimatoso por complicação de ressecção de tumor cerebral e para tratamento de infecção do trato urinário, respectivamente. A paciente teve boa evolução clínica das lesões após a retirada da medicação.
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Neto, H. C., Chagas, B. F., Soares, M. Z., Lachinski, R. E., & Linartevichi, V. F. (2019). SÍNDROME DE STEVENS-JOHNSON ASSOCIADA A FENITOÍNA EM PÓS-OPERATÓRIO DE HEMORRAGIA INTRAPARENQUIMATOSA CEREBRAL: RELATO DE CASO. FAG JOURNAL OF HEALTH (FJH), 1(4), 169–184. https://doi.org/10.35984/fjh.v1i4.110
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