OBJETIVO: Realizamos estudo prospectivo das vias biliares e pancreáticas através de colangiografia por ressonância magnética, com a utilização de meio de contraste oral negativo. Os nossos objetivos foram verificar se este novo meio de contraste melhora a visualização das vias biliar e pancreática, além de identificar a freqüência de efeitos colaterais ao contraste e sua aceitação pelo paciente. MATERIAL E MÉTODO: Quinze voluntários (oito homens e sete mulheres) com idades variando entre 18 e 54 anos (média de 29 anos), sem queixas ou cirurgias abdominais, foram submetidos a colangiografia por ressonância magnética. Foram realizadas duas seqüências colangiográficas em apnéia, antes e cinco minutos após a ingestão de 300 ml de contraste oral negativo. Os exames foram realizados em equipamento operando a 1,0 T. RESULTADOS: Setenta e três por cento dos voluntários consideraram o gosto ruim ou muito ruim, sugerindo uma aceitação discutível; 27% dos voluntários apresentaram náuseas; 20%, cólicas; 14%, azia ou parestesia labial; e 7%, diarréia. A visualização da via biliar extra-hepática foi considerada melhor após o contraste oral negativo em 9/15 voluntários (60%) e do ducto pancreático principal em todos os cinco em que havia interposição de alças. CONCLUSÃO: O contraste oral negativo melhora a visualização dos ductos hepatocolédoco e pancreático principal em exames de colangiografia por ressonância magnética, apesar da baixa aceitação e dos seus efeitos colaterais.OBJECTIVE: The aim of this prospective study was to investigate the feasibility of using a negative oral contrast agent to null the bowel signal during magnetic resonance cholangiopancreatography. MATERIAL AND METHOD: Fifteen healthy volunteers with no previous history of pancreaticobiliary disease or surgery were imaged with a single-shot fast spin-echo pulse sequence, using a magnetic resonance imaging system operating at 1.0 T. Data acquisition was started before and after administration of oral contrast agent. Using the magnetic resonance images obtained before and after administration of oral contrast agent, the common bile duct, pancreatic duct and papilla were assessed and graded by two radiologists. The frequency of adverse effects and the tolerance of the contrast were also evaluated. RESULTS: All patients that found negative oral contrast agent unpleasant (73% of the cases) tolerated well the oral contrast agent. Adverse effects as abdominal pain and diarrhea were noted in 30% of the patients. In all patients the high signal intensity from the intestinal fluid was completely suppressed. The depictions of the common hepatic duct were slightly improved, whereas the depictions of the choledochus, papilla and pancreatic duct were markedly improved by the negative oral contrast agent administration. CONCLUSION: Negative oral magnetic resonance contrast agent can be an effective and safe contrast media in eliminating signal intensity of the gastrointestinal tract, thus improving the depiction of the biliary system in magnetic resonance cholangiopancreatography.
CITATION STYLE
Galvão Filho, M. de M., D’Ippolito, G., Borri, M. L., & Wolosker, A. M. B. (2002). Uso do contraste oral negativo em exames de colangiografia por ressonância magnética. Radiologia Brasileira, 35(5), 267–271. https://doi.org/10.1590/s0100-39842002000500005
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.