A raiva é uma doença infectocontagiosa zoonótica causada pelo vírus rábico do gênero Lyssavirus. A transmissão da doença pode ocorrer por meio de quatro ciclos epidemiológicos de transmissão, que são caracterizados por suas variantes antigênicas, demonstrando assim sua alta capacidade de adaptação e sucesso evolutivo. Em todos os ciclos, a transmissão do vírus rábico entre os animais é feita por meio da inoculação do vírus presente na saliva de animais infectados a outros por meio de mordeduras e lambedura de mucosas ou continuidades da pele. Apresenta relevância em saúde pública pela possibilidade de coexistência desses ciclos, podendo ocorrer a disseminação e manutenção do agente em diferentes esferas do ambiente, constituindo-se em alto risco de transmissão, principalmente, por apresentar letalidade de 100% e provocar severa encefalite que cursa com manifestações clínicas neurológicas. Diante disso, objetivou-se realizar uma revisão bibliográfica com o intuito de abordar a doença de maneira ampla, a fim de demonstrar sobre a aplicabilidade das políticas públicas relacionadas à vacinação e medidas profiláticas eficazes contra os ciclos da raiva no território brasileiro, para que seja possível descrever sobre as mudanças epidemiológicas da doença em relação às suas variantes antigênicas. O presente estudo também objetivou demonstrar a prevalência da caracterização antigênica da variante três no território brasileiro, tanto para acidentes com humanos quanto para outros animais.
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Cerqueira, T. A. P. M., Luz, R. M. A. da, Ribeiro, M. L., Amorim, G. C., Ramos, C. S., Coelho, J. de A., … Gitti, C. B. (2023). Mudança no perfil epidemiológico da raiva no Brasil. Pubvet, 17(09), e1455. https://doi.org/10.31533/pubvet.v17n9e1455
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