Fenologia de Syngonanthus mucugensis Giul. subsp. mucugensis e S. curralensis Moldenke (Eriocaulaceae), nos municípios de Mucugê e Morro do Chapéu, Chapada Diamantina, BA, Brasil

  • Cerqueira C
  • Funch L
  • Borba E
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Abstract

Syngonanthus mucugensis subsp. mucugensis e S. curralensis são conhecidas como sempre-vivas por possuírem capítulos que permanecem com a aparência de vivos durante anos. São plantas herbáceas com distribuição agrupada, folhas reunidas em roseta e inflorescências monóicas tipo capítulo, flores alvas e reduzidas. Este estudo apresenta os padrões fenológicos dessas espécies, relacionando-os com fatores abióticos e modo provável de dispersão. As observações foram realizadas mensalmente entre agosto/2002 e setembro/2004, em campo rupestre, nos municípios de Mucugê e Morro do Chapéu, registrando-se presença/ausência das fenofases. A fase vegetativa constitui grande parte do ciclo fenológico, aproximadamente cinco meses, na estação chuvosa (novembro-março). Os escapos levam três a quatro meses do início do desenvolvimento até a presença de capítulos jovens. As flores estaminadas e pistiladas apresentam ântese no início da manhã; as flores estaminadas duram um dia, e o ciclo estaminado cerca de sete dias. As flores pistiladas duram três dias e o ciclo pistilado três a quatro dias. Não ocorre sobreposição temporal das fases estaminada e pistilada em um mesmo capítulo. As duas espécies apresentaram padrão de floração (junho-agosto) e frutificação (julho-novembro) anual, regular, com duração intermediária, na estação seca. A dispersão ocorre ca. 45 dias após a fecundação, estendendo-se por quatro meses, durante a estação seca e início das chuvas. O tipo de diásporo e a dispersão sazonal sugerem dispersão anemocórica e autocórica.Syngonanthus mucugensis subsp. mucugensis Giul. and S. curralensis are straw-flowers (sempre-vivas) in which the capitula maintain their appearance and color for many years. These herbaceous plants have a clumped distribution, their leaves form a rosette, and they have small whitish monoecious inflorescences united in a capitulum. The present study examined the phenology of this species, relating it to abiotic environmental factors and probable dispersal modes. The presence/absence of phenophases were observed on a monthly basis from August/2002 to September/2004 in an area of campo rupestre vegetation, in the municipalities of Mucugê and Morro do Chapéu. The vegetative phase is the longest phase of the phenological cycle (approximately five months) and occurs during the rainy season (November through March). Three to four months pass between the emergence of the scapes and the production of the young capitula. The staminate and pistillate flowers undergo anthesis in the early morning; the individual staminate flowers last one day, and the entire staminate cycle lasts seven days. Pistillate flowers last three days, while the pistillate cycle lasts from three to four days. There is no temporal overlap of the staminate and pistillate phases in the same capitulum. The two species demonstrate annual and regular flowering (June-August) and fruiting (July-November), during the dry season. Seed dispersal occurs approximately 45 days after fertilization and extends for four months, during the dry season and the beginning of the rainy season. The type of diaspore produced, the grouped distribution of the species, and the occurrence of seed maturation during the dry season all suggest anemochoric and autochoric dispersal mechanisms.

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Cerqueira, C. O., Funch, L. S., & Borba, E. L. (2008). Fenologia de Syngonanthus mucugensis Giul. subsp. mucugensis e S. curralensis Moldenke (Eriocaulaceae), nos municípios de Mucugê e Morro do Chapéu, Chapada Diamantina, BA, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 22(4), 962–969. https://doi.org/10.1590/s0102-33062008000400007

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