O número de casos de câncer tem aumentado nas últimas décadas, convertendo-se em um problema de saúde pública mundial, devido às altas incidência e mortalidade, além de suas implicações na qualidade de vida do sujeito e de sua família. Cânceres pediátricos apresentam particularidades em relação a tumores que acometem adultos, como diferentes locais primários e distinta origem histológica, além de um menor período de latência, o que implica em um crescimento mais rápido e maior capacidade de invasão de tecidos adjacentes. Entretanto, respondem melhor ao tratamento quimioterápico. O objetivo do trabalho foi descrever, do ponto de vista dos pais, o processo de comunicação do diagnóstico e tratamento da criança, identificar as dúvidas dos mesmos e analisar como tais informações influenciaram a família no enfrentamento da doença. Foi realizada pesquisa qualitativa descritiva com 19 pais de crianças em tratamento quimioterápico em um Hemocentro do Paraná. A coleta de dados deu-se nos meses de julho e agosto de 2014 por meio de entrevista semiestruturada. Adotou-se para análise dos dados a Análise de Conteúdo Temática. Entre as percepções dos pais sobre o esclarecimento da doença emergiram três temas: processo de comunicação do diagnóstico e formas de tratamento; informações: algumas recebidas, outras obtidas; informações como subsídio para o cuidado. A pesquisa revelou a necessidade de reconhecer a díade criança-família como paciente, para que os pais obtenham informações concretas sobre o diagnóstico e tratamento a fim de utilizá-las como subsídio para o enfrentamento e empoderamento.
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Figueiredo Fernandes, A. F., Silva, S. dos S., G. Mendes Tacla, M. T., Pimenta Ferrari, R. A., & Gabani, F. L. (2019). Informações aos pais: um subsídio ao enfrentamento do câncer infantil. Semina: Ciências Biológicas e Da Saúde, 39(2), 145–152. https://doi.org/10.5433/1679-0367.2018v39n2p145
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