O presente artigo tem por finalidade colocar em problematização o colonialismo invisível presente nas práticas de pesquisa. Inspirados pela perspectiva decolonial e pela perspectiva da filosofia da diferença, os autores optaram por utilizar elementos ficcionais para colocar em questão o lugar do pesquisador, principalmente, do pesquisador-trabalhador no seu encontro com o campo de pesquisa. O texto se move através do problema que se coloca por entre-sujeitos, entre-lugares e entre-saberes da e na pesquisa, buscando discutir se é possível uma pesquisa decolonial. O artigo propõe, mesmo para metodologias em que o pesquisar e o pesquisador se constituem no processo da investigação, que o pesquisador esteja atento ao “colonizador que o habita”. Trata-se de estar atento ao fato de que sua simples presença no campo marca uma diferença com relação ao outro, colocando-o neste limiar colonizador/não colonizador.
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De Oliveira, D. C., De Oliveira, R. W., & Almeida, L. (2019). Pesquisa Participativa Decolonial: Movimentos de Pensamento entre Terra e Marte. Revista Polis e Psique, 9, 107–127. https://doi.org/10.22456/2238-152x.97526
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