Bancos de dados sociolinguísticos do português brasileiro e os estudos de terceira onda: potencialidades e limitações

  • Freitag R
  • Martins M
  • Tavares M
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Abstract

Bancos de dados linguísticos de fala - especialmente aqueles elaborados para a pesquisa de orientação sociolinguística variacionista - têm sido fonte privilegiada para a descrição do português brasileiro. Neste texto, discutimos procedimentos metodológicos que deveriam ser adotados para a organização de novos bancos de dados. Fazemos um breve retrospecto dos bancos de dados já constituídos e sugerimos a coleta e expansão de corpora de diferentes comunidades de fala - e de diferentes comunidades de prática. De acordo com proposta defendida por Eckert (2012), os estudos sociolinguísticos podem ser distinguidos em três ondas de análise que refletem modos distintos de abordagem à variação linguística. Sugerimos estratégias para padronizar os procedimentos de organização de bancos de dados sociolinguísticos que levem em conta as três diferentes ondas da pesquisa sociolinguística, e destacamos a terceira onda, ainda incipiente no Brasil. A padronização dos bancos de dados sociolinguísticos facilitaria a realização de investigações contrastivas de diferentes dialetos brasileiros, contribuindo, dessa forma, para o estabelecimento e refinamento de generalizações e princípios de variação e mudança universais.Spoken linguistic databases - especially those designed for research with a Variationist Sociolinguistics approach - has been a privileged source for the description of Brazilian Portuguese. In this paper, we discuss methodological procedures that should be adopted in the development of new databases. We trace a short retrospect on already established databases and propose the collection and expansion of corpora from different speech communities - and from different communities of practice. Eckert (2012) describes the three analytical practices most commonly embraced by sociolinguistics studies. Each one of these "three waves" (in Eckert´s terms) reflects distinct ways of approaching linguistic variation. We suggest strategies to standardize procedures in the development of databases taking into account the three waves of sociolinguistic inquiry, and we shed additional light on the third wave, still incipient in Brazil. The standardization of sociolinguistics databases would make contrastive investigations of different Brazilian dialects easier, contributing, in this way, to the proposition and refinement of generalizations and universal principles of variation and change.

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Freitag, R. M. Ko., Martins, M. A., & Tavares, M. A. (2012). Bancos de dados sociolinguísticos do português brasileiro e os estudos de terceira onda: potencialidades e limitações. Alfa : Revista de Linguística (São José Do Rio Preto), 56(3), 917–944. https://doi.org/10.1590/s1981-57942012000300009

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