Esse artigo propõe uma reflexão sobre o mau uso da Internet como instrumento de pesquisa, o que compromete o rigor acadêmico. Explica-se que o problema não é a Internet como um malefício por natureza, mas as lacunas na formação do(a) jurista que se depara como um mundo de pesquisa sem preparação. Se a Internet facilita consideravelmente o trabalho do(da) pesquisador(a), os problemas de formação e uma ética evanescente na corrida pelo diploma, tornam esse instrumento mais pernicioso. Sustenta-se que a situação emana também da postura dos professores de Direito, que transmitem aos alunos um medo de pensar, ao impor-lhes apenas trabalhos de compilação que não testam a sua capacidade como pensadores do Direito em formação. Ceder à tentação do mau uso da internet, como nos casos de plágio, é uma problemática de cunho ético, mas decorre também da postura dos professores segundo o seu entendimento da docência. Argumenta-se que a ética do aluno durante a sua pesquisa, seja pela Internet ou por qualquer outro meio, é oriunda da ética de responsabilidade do próprio professor.
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Monebhurrun, N. (2017). Pensando na articulação entre a internet como instrumento de pesquisa jurídica e o rigor acadêmico. Revista Opinião Jurídica (Fortaleza), 14(19), 147. https://doi.org/10.12662/2447-6641oj.v14i19.p147-170.2016
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