Cultura de auditoria e governança iliberal: universidades e a política da responsabilização

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Os imperativos econômicos do neoliberalismo combinados com as tecnologias do Novo Gerenciamento Público forjaram profundas mudanças na organização do local de trabalho em muitas sociedades capitalistas contemporâneas. Práticas de cálculo que incluem “indicadores de desempenho” e são cada vez mais usados para medir e reformar organizações do setor público e melhorar a produtividade e a conduta de indivíduos em diversas profissões. Esses processos resultaram no desenvolvimento de uma “cultura de auditoria” mais e mais generalizada, que deriva sua legitimidade da sua pretensão de aumentar a transparência e a responsabilização . Utilizando exemplos do Reino Unido, especialmente a reforma das universidades depois da década de 1990, este artigo busca analisar as origens e difusão desta cultura de auditoria e teorizar suas implicações para a construção de subjetividades acadêmicas. As perguntas que faço são: Como essas tecnologias de auditoria estão remodelando o ambiente de trabalho e quais são os seus efeitos sobre o comportamento (e a subjetividade) dos acadêmicos? O que a análise da ascensão do gerencialismo nos diz sobre processos históricos mais amplos de poder e mudança na nossa sociedade? E por que os acadêmicos são aparentemente tão cúmplices nesses processos de auditoria e incapazes de desafiá-los?

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Shore, C. (2009). Cultura de auditoria e governança iliberal: universidades e a política da responsabilização. Mediações - Revista de Ciências Sociais, 14(1), 24. https://doi.org/10.5433/2176-6665.2009v14n1p24

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