A raiva é uma zoonose de etiologia viral que apresenta quatro ciclos de transmissão: urbano, rural, silvestre terrestre e silvestre aéreo. Independente do ciclo, não existe tratamento específico para a doença, e a profilaxia pré ou pós-exposição ao vírus rábico, deve ser rigorosamente executada. O objetivo deste trabalho foi descrever e analisar aspectos do atendimento prestado pelo serviço de saúde às pessoas agredidas por cães e gatos no município de Jacarezinho – Paraná, em 2003. O atendimento ao paciente é centralizado e prestado pela Vigilância Epidemiológica Municipal e a observação dos animais agressores é realizada pela Vigilância Sanitária Municipal. As variáveis estudadas foram obtidas dos registros da Ficha Clínica de Animais Agressores. Assim, indivíduos mais freqüentemente expostos foram crianças de até quatorze anos, do sexo masculino, por mordedura nos membros inferiores. No sexo feminino há grande incidência de agressões na faixa etária acima de cinqüenta anos, com a localização da mordedura nas mãos. As agressões ocorreram com maior freqüência fora do domicílio e os cães foram os principais responsáveis. As agressões cometidas por gatos ocorreram na maioria das vezes dentro do domicílio da vítima. Julho foi o mês de maior concentração de agressões e a maior incidência foi na faixa etária de dez a quatorze anos. Os resultados concluem quanto à importância da implantação permanente de programas educativos que promovam a posse responsável e conhecimento dos cuidados que o homem deve dedicar aos animais de companhia principalmente com relação à vacinação anti-rábica anual destes animais.
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Rolim, R. L. P., Lopes, F. M. R., & Navarro, I. T. (2006). Aspectos da vigilância epidemiológica da raiva no município de Jacarezinho, Paraná, Brasil, 2003. Semina: Ciências Agrárias, 27(2), 271. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2006v27n2p271
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