O objetivo deste trabalho é mostrar a aplicação da videografia na pesquisa em comunicação e especificamente a proposta de um modelo metodológico para produções audiovisuais de não-ficção. Superados os debates sobre a fragilidade epistémica da antropologia audiovisual, podemos adotar essas ferramentas visuais caracterizadas pela diversidade de formatos e suportes à pesquisa social. Para o estudo do documentário, a interdisciplinaridade permite um trabalho flexível baseado na inter-relação de elementos das diversas disciplinas envolvidas. Propomos um modelo metodológico composto pela aplicação de análise visual, entrevista em profundidade e videografia para o estudo do documentário audiovisual. Aplicamos o plano metodológico a uma amostra de documentários em diferentes formatos. A natureza expandida ou imersiva dos documentários que analisamos levou-nos à criação de categorias de análise específicas para esses novos formatos como o interativo, o transmedia ou o imersivo. Além disso, introduzimos o vídeo em 360º num de nossos estudos de caso para conhecer as suas possibilidades. O artigo fornece uma comparação entre os formatos de vídeo e uma reflexão teórica em torno do olhar do pesquisador e da natureza autorreferencial da pesquisa que compartilha o audiovisual simultaneamente como objeto e método.
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Marín, A., & Contreras, F. (2020). As novas técnicas de pesquisa em comunicação visual: uma proposta metodológica da videografia. Revista Lusófona de Estudos Culturais, 7(1), 127–147. https://doi.org/10.21814/rlec.2120
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