A leucemia linfocítica crônica (LLC) é reconhecida pela evolução clínica heterogênea que não consegue ser prevista com exatidão pelos sistemas de estadiamento clínico a nível individual. Isto levou à investigação de outros marcadores de prognóstico que poderiam agregar valor preditivo aos sistemas de estadiamento ou até mesmo substituí-los. Entre os marcadores clínicos e biológicos inicialmente encontrados, as aberrações cromossômicas e o estado mutacional dos genes de imuðnoglobulinas demonstraram uma alta precisão na avaliação de prognóstico na LLC. No entanto, as técnicas empregadas nestes estudos são laboriosas e inacessíveis à maioria dos serviços de onco-hematologia, o que motivou a busca por marcadores substitutos (surrogate). Entre os potenciais marcadores surrogate, CD38 e Zap-70 possuem um papel independente de prognóstico na LLC, com um poder de predição evolutiva tão (ou mais) preciso quanto o perfil mutacional das imunoglobulinas, possibilitando sua substituição definitiva num futuro próximo. Novos marcadores como LPL, LPL/ADAM29 e Vimentina têm apresentado resultados preliminares bastante atrativos, porém ainda aguardam validação em outras séries de pacientes. Mesmo com a identificação de marcadores biológicos altamente precisos, os sistemas de estadiamento clínico ainda não devem ser abandonados.
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Vasconcelos, Y. (2005). Marcadores de prognóstico na leucemia linfocítica crônica. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, 27(4). https://doi.org/10.1590/s1516-84842005000400007
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