O objetivo do estudo foi caracterizar as variáveis socioeconômicas e psicossociais de crianças que frequentam creches públicas e avaliar a influência destes fatores no desenvolvimento neuropsicomotor. Realizou-se um estudo analítico-observacional transversal com 61 crianças, de ambos os sexos, com idade de quatro a seis anos, frequentadoras das creches públicas na cidade de Goiânia (GO). O desenvolvimento infantil foi avaliado pelo teste de triagem de Denver II e foi aplicado questionário socioeconômico, classificação ABEP e questionários sobre os dados biológicos e clínicos da criança com os pais. Verificou-se que 77% das crianças avaliadas apresentaram risco na classificação global do teste de Denver II, sendo típicas nas áreas psicossocial, motor fino, motor amplo e linguagem. A análise da influência dos fatores revelou que a renda familiar (até R$2.000,00) esteve associada com maior porcentagem de risco no desenvolvimento da linguagem (64%). Os demais fatores não tiveram diferença estatisticamente significativa. Conclui-se que crianças aparentemente normais possam apresentar risco em seu desenvolvimento e a necessidade de novos estudos que apontem a influência significativa dos fatores socioeconômicos e psicossociais sobre o desenvolvimento neuropsicomotor.
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Pereira, J. F., Formiga, C. K. M. R., Vieira, M. E. B., & Linhares, M. B. M. (2017). INFLUÊNCIA DOS FATORES BIOLÓGICOS E SOCIOECONÔMICOS NO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR DE PRÉ-ESCOLARES. Saúde e Pesquisa, 10(1), 135. https://doi.org/10.17765/1983-1870.2017v10n1p135-144
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