Este artigo tem como objetivo pensar o filme Limite, de Mário Peixoto, em diálogo com alguns desdobramentos da pesquisa sobre as sublevações que vem sendo desenvolvida, ao longo dos últimos anos, pelo filósofo e historiador da arte francês Georges Didi-Huberman. Limite nos apresenta o que chamamos uma sublevação do desejo – que encontra na imagem da Ninfa, tal como vista pelo historiador da arte alemão Aby Warburg, uma de suas máximas expressões. Essa sublevação do desejo seria construída a partir do protagonismo do elemento fluido, com o que nele há de inapreensível, tempestuoso e metamórfico, a costurar os muitos limiares que suspendem esse filme rítmico entre vida e morte, imobilidade e movimento, exuberância e melancolia, lamento e revolta.
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Roque, M. V. (2022). A Ninfa, o Limite, a sublevação do desejo. Visualidades, 19. https://doi.org/10.5216/v.v19.58836
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