O mutante natural de tomate 'Firme' da cv. Santa Clara tem frutos com coloração "amarelo-creme" quando imaturos, firmes e com amadurecimento lento. Estudou-se as alterações fisiológicas que ocorrem durante o processo de amadurecimento na planta de frutos de tomate da cv. Santa Clara e do mutante 'Firme'. Os frutos normais e mutantes foram colhidos em 6 diferentes estádios de maturidade, e em cada um deles foram avaliados a produção de etileno e CO2, os teores de açúcares solúveis totais do pericarpo e do tecido locular, e as atividades das enzimas oxidase do ACC e poligalacturonase. Os frutos mutantes apresentaram menores taxas respiratórias e de produção de etileno em todos os estádios de maturidade. A atividade da oxidase do ACC apresentou padrão de comportamento distinto durante o amadurecimento na planta dos frutos mutantes e normais, porém com semelhante atividade final. Os frutos mutantes apresentaram atraso no aumento da atividade da enzima poligalacturonase em relação aos frutos normais nas fases iniciais do amadurecimento. Frutos normais acumularam açúcares solúveis totais durante seu amadurecimento na planta, enquanto que nos frutos mutantes os teores foram inferiores nos estádios mais avançados do amadurecimento quando comparados com aqueles no início do climatério. O pericarpo dos frutos mutantes nos estádios mais avançados do amadurecimento teve teores de açúcares total inferiores.The natural tomato mutant 'Firme' from cv. Santa Clara presents a yellow-pale appearance when immature, firm texture and slow ripening. Some of the physiological changes throughout ripening of cv. Santa Clara and the natural mutant 'Firme' were evaluated on the vine. Fruit ethylene and CO2 production, locular and outer pericarp total soluble sugars content, ACC oxidase and poligalacturonase activities were evaluated in both genotypes at six maturity stages. Mutant fruits presented lower ethylene and CO2 production at all maturity stages. ACC oxidase activity showed a distinct pattern during ripening of the wild type and mutant fruits, nevertheless, the mutant and wild type presented similar final activity. Mutant fruits showed delay in the increment of poligalacturonase activity compared to wild type fruits at the onset of ripening. While the wild type fruits showed continuous rise in total soluble sugars through ripening, the mutant fruits showed trends of decrease. Mutant fruits had lower content of total soluble sugars in the outer pericarp at later stages of ripening.
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Moura, M. L., Finger, F. L., Mizobutsi, G. P., & Galvão, H. L. (2005). Fisiologia do amadurecimento na planta do tomate “Santa Clara” e do mutante “Firme.” Horticultura Brasileira, 23(1), 81–85. https://doi.org/10.1590/s0102-05362005000100017
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