O artigo identifica e delimita a existência de duas trajetórias tecnológicas em combustíveis líquidos sintéticos. O conceito de trajetória tecnológica é delimitado em função do ambiente de seleção e dos programas de pesquisa tecnológica, sendo aplicável ao nível das tecnologias. A primeira trajetória tecnológica tem por ambiente de seleção as limitações econômicas e militares observadas pelos países não-produtores de petróleo, o que culminou com os embargos da Segunda Guerra Mundial. Os programas de pesquisa buscavam desenvolver as tecnologias Fischer-Tropsch, hidrogenação em alta pressão e LTC (low temperature carbonization). O ambiente de seleção da segunda trajetória é delimitado pelo aumento das reservas de gás natural, pelas restrições ambientais e pela demanda por flexibilidade na cadeia de gás e energia. Os programas de pesquisa têm por objeto de estudo o processo de produção do gás de síntese necessário ao processo Fischer-Tropsch. A conversão direta do gás natural para combustíveis líquidos sintéticos apresenta-se como a promessa de uma inovação radical. Por fim, o artigo compara as duas trajetórias, identificando aspectos comuns e diferenças entre elas.
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Dunham, F. B., Bomtempo, J. V., & Almeida, E. L. F. de. (2009). Trajetórias Tecnológicas em Combustíveis Sintéticos: análise dos mecanismos de seleção e indução. Revista Brasileira de Inovação, 5(1), 99. https://doi.org/10.20396/rbi.v5i1.8648925
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