A criação de ostras no Brasil se iniciou em 1970, mas atualmente encontra-se concentrada principalmente na região Sul, sobretudo, baseada na criação da ostra japonesa Crassostrea gigas (Thunberg, 1793). Este estudo teve objetivo de avaliar o potencial de criação da ostra nativa Crassostrea rhizophorae (Guilding, 1828) e verificar as variáveis ambientais que mais influenciam seu desenvolvimento. As “sementes” utilizadas na criação foram coletadas em ambiente natural e o experimento teve duração de sete meses, entre fevereiro e agosto de 2011. O sistema de cultivo empregado do tipo fixo-suspenso, na zona entremarés do estuário do rio São Miguel. O regime de chuvas, a salinidade e a temperatura foram os fatores que exerceram maior influência sobre o desenvolvimento das ostras. A salinidade apresentou forte correlação positiva com a taxa de crescimento mensal (R²=0,67) e a temperatura forte correlação negativa com os parâmetros de comprimento (R²=0,772), largura (R²=0,753), altura (R²=0,741) e peso vivo total (R²=0,611). A grande quantidade de fitoplâncton presente na área de estudos não pôde ser correlacionada com os demais fatores. Os resultados apontaram boas perspectivas para ostreicultura alagoana. Palavras chave: 1- ostra; 2 – crescimento; 3 – temperatura; 4 – salinidade; 5 – clorofila – a.
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VILAR, T. C., TENÓRIO, D. D. O., & FEITOSA, F. A. do N. (2012). Criação experimental da ostra-do-mangue Crassostrea rhizophorae (Guilding, 1828) em barra de São Miguel, Alagoas. Tropical Oceanography, 40(2). https://doi.org/10.5914/tropocean.v40i2.5407
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