No que concerne à geografia, à história da geografia e à história da cartografia, a obra de Bruno Latour atinge pontos sensíveis que vale a pena examinar. Debates epistemológicos clássicos e caros à geografia são percebidos de outra maneira quando vistos desde uma perspectiva não-modernista. No fundo, o que o presente artigo pretende argumentar é que a geografia tem sido historicamente a ciência por excelência das relações entre entidades heterogêneas e interdependentes, apesar do qual tem sido obrigada pela “Constituição Moderna” a exprimir-se dicotomicamente. Mas não apenas o pensamento de Bruno Latour possui uma mensagem libertadora para a geografia, senão que, a tradição geográfica, neste caso particular a geografia política através do conceito de território, tem também como contribuir às teorias relacionais pós-representacionais.
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Palacios, D. A. R. (2019). BRUNO LATOUR E A GEOGRAFIA: O TERRITÓRIO DESDE UMA PERSPECTIVA NÃO-MODERNA. Espaço e Cultura, (46), 85–112. https://doi.org/10.12957/espacoecultura.2019.49167
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