O presente ensaio teórico analisa a consistência interna das principais abordagens de Capacidades Dinâmicas, reconhecendo as contradições e similaridades. Inicia-se com a discussão dos pilares da Visão Baseada nos Recursos, seguindo com as principais definições das Capacidades Dinâmicas, com destaque ao papel das rotinas organizacionais, dos processos organizacionais e estratégicos, e mantendo o enfoque na reorganização da base de recursos em direção ao alcance de eficiência organizacional, aspectos que parecem ser comuns entre os autores mais referenciados da área. Já ao analisar mais profundamente a consistência interna das abordagens, é possível perceber a existência de divergências e contradições que podem levar ao entendimento de que essas são mutuamente excludentes, especialmente entre as abordagens de Teece, Pisano e Shuen (1997) e Eisenhardt e Martin (2000). As diferenças, que não são facilmente reconciliáveis, se concentram na essência do framework, no potencial que as capacidades dinâmicas têm de explicar como as empresas conseguem sustentar a vantagem face às condições de competição e como acompanhar esses objetivos sob condições de rápidas mudanças ambientais. Conclui-se com o entendimento de que estudos na área deverão atentar à consistência interna da abordagem de capacidade dinâmica utilizada, cabendo também a possibilidade de uso de uma abordagem integradora. Palavras-chave: Capacidades Dinâmicas. Recursos Estratégicos. Vantagem Competitiva.
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Moreira, V. F., & Moraes, W. F. A. de. (2016). CAPACIDADES DINÂMICAS: UMA ANÁLISE DA CONSISTÊNCIA INTERNA DE ABORDAGENS TEÓRICAS APARENTEMENTE CONTRADITÓRIAS. Revista Alcance, 23(1), 081. https://doi.org/10.14210/alcance.v23n1.p081-091
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