Carlos Castaldi faz uma "descrição densa" da tragédia ocorrida no município de Malacacheta, em Minas Gerais, na Fazenda São João da Mata, no ano de 1955. Em abril desse ano, quatro crianças foram assassinadas por um grupo de parceiros convertidos à Igreja Adventista da Promessa, por estarem, segundo acreditavam, possuídas pelo diabo. Em seguida ao fato, por iniciativa conjunta da revista Anhembi, do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos e do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia da USP, o sociólogo, a antropóloga Eunice Ribeiro (depois Durham) e a psicóloga Carolina Martuscelli seguiram para o local com o objetivo de explicar o ocorrido, ali permanecendo entre 11 de julho e 8 de agosto. O texto relaciona o fato às mudanças sociais que teriam desestruturado o grupo, dialogando diretamente com a tese Os parceiros do Rio Bonito, defendida por Antonio Candido em 1954.
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Castaldi, C. (2008). A aparição do demônio no Catulé. Tempo Social, 20(1), 305–357. https://doi.org/10.1590/s0103-20702008000100016
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