A natureza da história tem sido encarada, tradicionalmente, como um composto de dois pontos de vista contrários, mas comple- mentares. Em primeiro lugar a historia refere-se a seqüências direcionais de eventos lineares não repetíveis, como por exemplo a for- mação de uma cadeia de montanhas ou a amplitude da vida de uma pessoa, do nascimento à morte — contingências complexas de séries de eventos ligados através do tempo. Em segundo lugar, as leis da natureza, imanentes e eternas, permitem uma compreensão daqueles aspectos da história que são produtos de ciclos continuamente repetidos. Mares es- tão em incessante vaivém, florestas expandem-se e se retraem, médias de temperatura e de umidade aumentam e diminuem. O tempo não tem direção. Muitos estudiosos têm empregado as metáforas "indicadores de tempos" e "ciclos de tempo" a esses aspectos complementares, ambos necessários a uma compreensão abrangente da nossa própria história, da história da Terra e de seus animais e vegetais (Gould 1987).
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Haffer, J. (1992). Ciclos de tempo e indicadores de tempos na história da Amazônia. Estudos Avançados, 6(15), 7–39. https://doi.org/10.1590/s0103-40141992000200002
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