O perdão foi estudado através do Enright Forgiveness Inventory - EFI (versão em português) - em relação à intensidade da mágoa, aos afetos, aos julgamentos e aos comportamentos da vítima referentes ao ofensor. Verificou-se também se a cultura, o sexo, a idade e a religião influenciam o perdão. Participaram 200 brasileiros e 394 estadunidenses. Os resultados foram similares nas duas culturas: as pessoas perdoaram espontaneamente, mas não completamente. O perdão mostrou-se negativamente correlacionado com a intensidade da mágoa; foi oferecido em maior grau à família e aos amigos do que a estranhos e a colegas de trabalho; e as pessoas perdoaram mais pelos julgamentos do que pelos afetos. Não ocorreram diferenças quanto à religião, sexo ou idade. Futuros estudos devem verificar se ao perdoar completamente os afetos positivos pelo ofensor permanecem inferiores ou se igualam aos escores dos julgamentos positivos.
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Rique, J., & Camino, C. P. S. (2010). O perdão interpessoal em relação a variáveis psicossociais e demográficas. Psicologia: Reflexão e Crítica, 23(3), 525–532. https://doi.org/10.1590/s0102-79722010000300013
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