O comportamento epidemiológico da hanseníase é influenciado pela cadeia de transmissão e fatores sócio-econômicos e operacionais relacionados aos serviços de saúde. O objetivo deste estudo é analisar a relação entre os coeficientes de detecção da hanseníase no período 2003-2006 e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos municípios de Minas Gerais. Trata-se de um estudo ecológico, transversal, cujos dados foram coletados dos Relatórios Técnicos da Secretaria Estadual de Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os valores de detecção foram categorizados em baixo, médio, alto, muito alto e hiperendêmico, considerando parâmetros do Ministério da Saúde, e os de IDH, categorizados em alto, médio e baixo. A associação dos dados através do teste Qui-quadrado, corrigido pelo índice de Bonferroni, encontrou diferenças estatisticamente significativas em relação à detecção da hanseníase entre os municípios de alto e baixo IDH, sendo que os últimos apresentaram maiores taxas. Os resultados sugerem que os municípios com condições sócio-econômicas desfavoráveis possuem menor controle da endemia, sendo necessária à intensificação das ações para a eliminação da doença nesses municípios.
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Lana, F. C. F., Davi, R. F. L., Lanza, F. M., & Amaral, E. P. (2009). Detecção da hanseníase e Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios de Minas Gerais, Brasil. Revista Eletrônica de Enfermagem, 11(3). https://doi.org/10.5216/ree.v11.47095
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