Este artigo analisa o aumento das manifestações de violência em nossa sociedade, relacionando-o à tendência de negar a própria violência que, de acordo com a psicanálise, é condição para a constituição subjetiva. Essa hipótese articula-se com as expectativas criadas pelo imaginário contemporâneo, narcísico por excelência, que leva os sujeitos a negarem as manifestações associadas ao sofrimento, ao ser desagradável. Torna-se cada vez mais difícil para o sujeito contemporâneo colocar-se como referência para o outro que dele depende. Analisa-se como alguns sujeitos, ao buscarem escapar do enfrentamento da violência fundamental, ficam expostos ao desamparo, restando-lhes como alternativa para afirmação da singularidade e alívio de sua tensão pulsional a destruição do outro.
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Marin, I. K. (2006). O não violento. Estilos Da Clinica, 11(20), 38. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v11i20p38-57
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